Julho Amarelo: Niterói na luta contra as hepatites virais
Julho marcou o Mês Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais. A data reforça as ações de vigilância, prevenção e controle das doenças infecciosas que afetam o fígado, as hepatites virais B e C. A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói possui uma Assessoria Técnica de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids) e Hepatites Virais que realiza programas de prevenção e acompanhamento de casos.
As hepatites são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Em sua evolução para hepatite crônica há complicações como cirrose hepática e câncer no fígado.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, conta que as unidades de saúde oferecem assistência aos pacientes e realiza constantemente testagem na população, sem demanda reprimida.
“Niterói fornece os testes rápidos para detecção das hepatites em todas as suas unidades de saúde e faz acompanhamento dos pacientes. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão para formas mais graves das doenças”, conta o secretário.
Na última segunda (26), a usuária Luana Chididi, que realiza o pré-natal na unidade, chegou com seus nove meses de gestação para realizar os testes de ISTs na Policlínica Regional do Largo da Batalha. Seu bebê, o Miguel, está previsto para nascer no dia 4 de agosto e foi pedida a realização desse teste - sobretudo pelos riscos da sífilis congênita, uma das infecções incluídas no teste rápido junto com HIV/AIDS. Durante a aplicação do teste, Luana recebeu os esclarecimentos da enfermeira Erica Teixeira sobre a doença, como dúvidas sobre a hepatite medicamentosa (após excesso de alguns tipos de remédios) e o tratamento das doenças.
De acordo com a coordenadora municipal de IST/AIDS e Hepatites Virais, Márcia Santana, a data é uma oportunidade para dar mais visibilidade às doenças.
“Medidas simples como usar preservativos, exigir materiais descartáveis e esterilizados em estúdios de tatuagem, salões com manicures e pedicuros e não compartilhar agulhas e seringas podem prevenir a infecção. Também é importante destacar que a vacina é uma forma de prevenção contra a hepatites do tipo B e, apesar de não existir vacina para a hepatite C, o paciente pode realizar o tratamento cujo índice de cura é superior a 90”, explica Márcia.