Nesta quarta-feira, 09/03, a rede pública de saúde de Niterói se reuniu para o encerramento do projeto “Identificação dos efeitos indiretos da Covid-19 nos serviços essenciais de saúde de mulheres, neonatos, crianças, adolescentes e idosos”, uma parceria entre a Secretaria de Saúde, a Universidade Federal Fluminense e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/ OMS).

O projeto contemplou diversos países e, no Brasil, apenas Niterói (RJ), São Luís (MA) e Pelotas (RS) foram contempladas. Foram quase dois anos estudando as experiências municipais e identificando os impactos da pandemia nos serviços de saúde.

Na abertura, a subsecretária de saúde, Camilla Franco, ressaltou a importância de reorganizarmos a rede de atenção à saúde para enfrentar os desafios, que são ainda maiores: “A intenção é que neste contexto de redução de casos da doença, possamos seguir com as intervenções necessárias para garantir acesso aos cuidados de saúde às pessoas que tiveram sequelas causadas pelo vírus ou por outros fatores durante a pandemia”.

Sintomas como fadiga, dispneia, dor articular ou torácica, bem como problemas da ordem de Saúde Mental são algumas das sequelas observadas.

Uma importante ação do SUS municipal no enfrentamento à Pandemia, foi o arrendamento do Hospital Oceânico Dr. Gilson Cantarino. Após ser o primeiro hospital exclusivo para casos de COVID-19 do estado do RJ, foi implantado nele o Centro de Reabilitação Pós-Covid e um Centro Cirúrgico para ampliar a capacidade de atendimento às demandas da população, como, por exemplo, cirurgia oncológica.

A representante da OPAS, Lely Guzman, reforçou o papel da OPAS/OMS na transferência de tecnologia aos municípios e estados.

No relatório final, Elisette Casotti e Patty Fidelis, ambas professoras da UFF, explicaram a importância que foi o conjunto de medidas adotadas pela Prefeitura, tais como as medidas de contenção, as socioeconômicas, as sanitárias e as de comunicação no enfrentamento à pandemia. Pontos a serem aperfeiçoados também foram destacados, como o necessário investimento em infraestrutura, o que será contemplado com o programa Niterói 450 anos.

Ao final, o secretário municipal de saúde Rodrigo Oliveira recebeu uma homenagem da OPAS/OMS e saudou os participantes: “A qualidade nas ações em Niterói não aconteceria sem o engajamento de cada um aqui. Esta pesquisa é para a gente sistematizar a informação e se olhar. Além de direcionar melhor nossas ações. Reconheço o esforço de todos e todas no trabalho com essas informações”, disse o secretário.