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postheadericon Niterói recebe a 1ª Conferência Livre de Saúde das Mulheres

 

Em mais uma etapa preparatória para a 9ª Conferência Municipal de Saúde, aconteceu na tarde desta quarta-feira (01) no auditório da Escola de Enfermagem da UFF a 1ª Conferência Livre de Saúde das Mulheres que contou com palestras da subsecretária de Cultura Comunitária de Niterói Walkiria Niterói, a nova secretária de Direitos Humanos Nadine Borges e a dra Daniele Florentino, fisioterapia que atua na Policlínica de Especialidades em Atenção a Saúde da Mulher Malu Sampaio. A mediação do evento foi feita pela vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria Ivone Suppo.

Walkiria que é moradora do Morro do Palácio, começou a sua fala justamente afirmando que a saúde tem o poder imprescindível de ser a porta de entrada do estado para a população que mora nas comunidades e que muitas vezes não tem acesso ao que é seu por direito. “É tarefa do poder público nos oferecer a formação necessária para a gente saber como lidar com essas populações. Quando eu penso em saúde coletiva e saúde pública é que a gente tenha uma formação contínua dos nossos agentes de saúde, de todos os níveis, para que a gente seja capaz de lidar com as adversidades e atender as demandas da população”, afirmou ela que também é ex- vereadora e fundadora da frente parlamentar de saúde mental de Niterói.

Anunciada recentemente como secretária municipal de Direitos Humanos, Nadine Borges contou que mal tinha se instalado em seu gabinete quando recebeu o convite e prontamente se propôs a participar da Conferência. “Toda política pública deve ser voltada para as pessoas mais vulneráveis. O poder público se movimenta conforme a sociedade pressiona, o Niterói que queremos e todos os planos que têm sido construídos nessa cidade passam muito pela escuta da sociedade. Não existe governo e nem poder público sem a população presente, elaborando e ajudando na criação de políticas públicas. A gente tem que ser parte para a gente conquistar. Se mulheres antes de nós não tivessem sido parte, nós não estaríamos aqui”, explicou Nadine


“Falar sobre saúde, falar sobre Niterói é falar do coletivo feminino. A maior força de trabalho hoje no município é composta por mulheres, nós estamos distribuídas em toda a rede”, foi assim que a fisioterapeuta Daniele Florentino abriu a sua fala. Ela também comentou sobre o fato da população niteroiense se considerar majoritariamente branca, algo que segundo a profissional, não é verdade. “Caminhando pela cidade, eu vim do Malu Sampaio até aqui. Branco, do tipo claro você conta nos dedos, porque a gente não tem consenso histórico de quem realmente somos. Então quando tem aquele senso que fala que Niterói é majoritariamente branca é porque a população se considera branca. Pois a gente vem de um sistema colonial que tem um olhar pejorativo por você ser negro ou pardo. ”, declarou.

Após expor suas falas, as três participantes ainda interagiram respondendo questionamentos da plateia, formada totalmente por mulheres da rede municipal de saúde de Niterói.

Mais cedo

Mais cedo, na abertura das atividades aconteceu também a 1ª Conferência Livre dos Profissionais de Saúde de Niterói, que contou com a participação de Aluísio Gomes da Silva Junior, que é professor do departamento de Planejamento em Saúde do Instituto de Saúde Coletiva da UFF e do coordenador de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Duba Silveira Elia.


 
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