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postheadericon Dia Mundial das Zoonoses é comemorado na rede

 

 

Na quinta-feira (06) é celebrado o Dia Mundial das Zoonoses, que nada mais são do que doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos. Algumas das mais comuns aqui no Brasil são a raiva, a leptospirose, as leishmanioses, a toxoplasmose, a febre amarela, a dengue, a malária, a doença de chagas e a esporotricose, dentre muitas outras.


Essa última inclusive é controlada, por meio de uma parceria entre o Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói e o Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense, onde é realizado desde 2013 um diagnóstico clínico e laboral que pode ser feito através do agendamento.


De acordo com o chefe do CCZ, o veterinário Fábio Villas Boas, nesses dez anos de parceria já foram aproximadamente 1500 animais atendidos. “É um trabalho de excelência, porque a Esporotricose é uma zoonose emergente em que o número de ocorrências costuma ser grande não apenas em Niterói, mas também em todo o Brasil”, revela.


“Aqui a gente recebe os gatinhos que os tutores trazem e fazemos dois exames, tanto a citologia coletando com a lâmina quanto a cultura do fungo feito através do swab na ferida”, afirma Igor Rodrigues.


“A gente também faz o registro dos animais com o tutor, perguntando todos os dados como o nome do gatinho, a idade, se ele é castrado, onde é a lesão e desde quando ela apareceu, além de endereço onde vive e se o animal costuma ficar na rua. Pois a esporotricose é muito comum em animais que não são castrados e que tem acesso a rua e locais em que se tem bastante vegetação, já que se pega também pela planta e pela terra”, explica Letícia Dias.


“A grande importância de trabalhar com a zoonose é ter essa noção do todo. Quando a gente trabalha com veterinária a gente pensa muito na saúde única, não somente nos animais, mas também para o ser-humano e para o meio-ambiente. Esses três pilares são muito importantes aqui no projeto, a gente pensa em todos esses âmbitos para fazer um bom trabalho”, reafirma Igor.


Eles são estudantes de veterinária da UFF que participam do projeto neste semestre e que fazem o atendimento sempre com a supervisão do veterinário do CCZ, Walace Vasquez.


Dois terços das doenças reemergentes - aquelas que são conhecidas há algum tempo e que estavam sob controle, mas acabaram por retornar, causando uma grande preocupação - são zoonoses. Isso serve para mostrar a importância dos profissionais que trabalham no controle e na prevenção delas e que ganharam o dia 6 de julho para celebrar essa nobre missão.


“O Centro de Controle de Zoonoses é um órgão de saúde pública vinculado ao Sistema Único de Saúde que tem como objetivo a prevenção, proteção e a promoção da saúde das pessoas através de ações, estratégias e políticas públicas voltadas para o monitoramento, vigilância e controle das zoonoses. Na prática o que a gente faz é impedir que esse grupo de doenças chegue na população humana e cause o agravo”, finaliza Fábio.

 

 

 

 

 
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