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postheadericon Saúde marcou presença em Congresso organizado pela UFF

 

 

Na sexta-feira (04), durante o segundo dia do Congresso de Saúde Pública e Formação Humana, em comemoração ao centenário da Sociedade Brasileira de Higiene e Saúde Pública (Sobrahsp), a Secretaria Municipal de Saúde esteve presente em diversas rodas de conversa que aconteceram no Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense (UFF).


A secretária Municipal de Saúde, Anamaria Schneider conduziu ao lado da secretária municipal das Culturas Julia Pacheco e do vereador Leonardo Giordano da roda de conversa intitulada  “Produção Cultural e Promoção da Saúde: a experiência do município de Niterói”.


Ela falou em determinado momento sobre a questão da prevenção e da vigilância em saúde e o reconhecimento do nosso Sistema Único de Saúde. “A maioria das pessoas conheceu o SUS durante a pandemia, quem não postou nas redes sociais a frase ‘viva o SUS’ na legenda da foto enquanto tomava a vacina? Ali ele teve um reconhecimento muito grande, mas antes as pessoas não se tocaram que a vacina é SUS, que quando vai na lanchonete tomar um suco de laranja, ali tem SUS também. A Vigilância Sanitária passou por ali e verificou aquele local para ver se estava apto e com higiene para oferecer saúde para as pessoas”, afirmou.


No dia seguinte, sábado (05), Anamaria teve o seu trabalho em prol da saúde reconhecido através da medalha Oswaldo Cruz que recebeu das mãos do organizador do evento, o professor Luiz Antonio Botelho de Andrade. A premiação aconteceu justamente no aniversário do histórico sanitarista, data em que é comemorado o Dia Nacional da Saúde justamente em homenagem a ele.

“Este reconhecimento é um tributo ao trabalho incansável que temos desenvolvido na Secretaria Municipal de Saúde de Niterói. Com humildade e gratidão, dedico esta conquista a todos que contribuem diariamente para a promoção da saúde em nossa cidade. Juntos, seguimos avançando”, agradeceu a secretária.


Saúde mental em pauta


Ainda na sexta-feira, o psicólogo, psicanalista e diretor do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ), Sérgio Bezz, também marcou presença no Congresso, conduzindo uma roda de conversa sobre o tema: “Alguns desafios da Reforma Psiquiátrica: Acolhimento à crise; o lugar da internação no RAPS; função da arte no tratamento em saúde mental”.


Ele aproveitou para salientar a importância de eventos como esse, que mobilizam trabalhadores e estudantes da saúde, e de áreas complementares, que unificam pautas e interesses comuns.


“Minha roda de conversa estava boa, heterogênea, muitos profissionais interessados, que não necessariamente eram da área de saúde mental, mas estavam interessados em ouvir e trocar informações. Por isso, é muito importante esse incentivo da secretaria em inscrever profissionais e formar profissionais integrados à saúde pública, e à formação humana, incentivando os trabalhadores a dialogar. Essa troca que a roda de conversa oferece é muito rica, pois há mais mais espaço para as pessoas debaterem seus pontos de vista e expor a diversidade de temáticas com todo o público, gerando um diálogo mais representativo”, concluiu.


Sérgio Bezz ainda foi reconhecido e homenageado ao ganhar a medalha Oswaldo Cruz, na abertura do Congresso, realizado na Sala Nelson Pereira - Reserva Cultural. A medalha foi recebida pelas mãos da amiga de profissão e diretora da Maternidade Alzira Reis, Adriana Cersósimo.

Sala de Situação marcou presença

Ciane Rodrigues apresentou a Sala de Situação de Saúde de Niterói enquanto um espaço de inteligência em saúde, dotado de visão integral e intersetorial e realizando avaliações na rede de saúde. Acaba sendo um instrumento importante para a gestão ao organizar dados, gerar informações e conhecimentos que podem ser usados para tomada de decisão com base em evidência.


Além disso, o dispositivo planeja e monitora ações em saúde, bem como organiza fluxos e cobertura no SUS e dirige a resposta dos serviços em situações de emergência (pelas Salas de Crise). Entre seus eixos estão: o alinhamento com os instrumentos formais do governo; a situação de saúde por indicadores epidemiológicos; a capacidade de gestão por indicadores que integram diversas áreas; e o alinhamento das informações financeiras dos recursos.


Sua equipe é multiprofissional formada por coordenadores, sanitaristas, analistas de dados, programadores, geógrafos e comunicadores. "Na roda de conversa, discutimos as perguntas norteadoras para a criação da Sala de Situação e o processo histórico de sua criação", afirmou Ciane Rodrigues.


Subsecretaria de redes debateu a obesidade infantil

Outra roda de conversa, com envolvimento da rede de saúde de Niterói, foi a "Como prevenir a Obesidade Infantojuvenil? Desafios e perspectivas". Coordenada por Paola Console, que trabalha na Subsecretaria de Redes, em conjunto com profissionais do Instituto Desiderata: Raphael Barreto e Ana Carolina Rocha.


A cooperação técnica da SMS com o órgão foi apresentada ao se  pensar em estratégias no combate à obesidade: construção da linha de cuidado dentro da rede; impressão de material estruturando fluxos de atendimento; cursos de formação de profissionais de modo multiprofissional para qualificar o atendimento; reuniões estratégicas com outras secretarias para alinharem neste trabalho.


O panorama da obesidade em Niterói é preocupante. De acordo com dados da Sisvan, 37% das crianças e dos adolescentes estão acima do peso - superando a média estadual e nacional. "Obesidade já é um assunto prioritário da rede: está na Meta Municipal para a 1ª Infância e no Plano Municipal de Saúde Participativo", afirmou Paolo.


Esse aumento epidêmico é entendido como algo que vai além da profissão de nutrição. O Desiderata apresentou o projeto de lei que visa a suspensão de alimentos ultraprocessados nas escolas particulares - nas municipais esse processo já foi conquistado.


"É importante a gente pensar que a gente procure ambientes saudáveis, de proteção mesmo, como ambientes promotores de alimentos mais saudáveis", afirmou Paola, lembrando a importância de incentivar as atividades físicas - tema de publicidade realizada na cidade para o incentivo dessas práticas.


Na roda de conversa estavam alunos de mestrado e da graduação de enfermagem, nutrição e profissionais da própria rede que, segundo Paola, foram bem participativos.


Projeto Wolbachia


Em uma roda de conversa que contou com a presença do pesquisador Luciano Andrade Moreira da Fiocruz Minas e responsável pela implementação do projeto Wolbachia no Brasil; Gabriel Silvestre, coordenador operacional deste projeto; Rafael Pinheiro, responsável pela Saúde Ambiental em Saúde do município do Rio de Janeiro, a chefe da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covig) de Niterói, Ana Eppinghaus e o chefe do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói,, o tema debatido foi justamente “Implementação do Método Wolbachia no Brasil: uma visão dos gestores municipais da saúde”.

A Roda abordou a tecnologia de introduzir a bactéria Wolbachia no mosquito Aedes aegypti como estratégia de controle biológico da população dos mosquitos transmissores e, com isto, de algumas arboviroses no Brasil. Foi apresentado o caso de Niterói e outras experiências bem sucedidas em outros municípios.


"A gente falou da nossa experiência, Niterói é a primeira cidade da região sudeste a ter todo o seu território coberto pelo projeto Wolbachia. Nós conversamos com os participantes como foi feita a implantação e o sucesso do projeto com a redução extraordinária das arboviroses, dengue, zika e chikungunya”, afirmou Fábio.


 
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