Novembro Roxo alerta sobre a prematuridade
O parto prematuro é a principal causa da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade. Por conta disso, o Novembro Roxo - mês da prematuridade - é a época para estimular a prevenção dos casos e a comunicação dos cuidados com esse bebê. A criança é considerada prematura quando nasce antes da 37ª semana de gestação, já que uma gravidez considerada completa varia entre 37 e 42 semanas.
A rede pública de saúde de Niterói está preparada para fornecer o pré-natal adequado e desse modo conseguir identificar, encaminhar e tratar as condições que levam à prematuridade. Uma assistência adequada fortalece também a confiança da mulher na sua capacidade de ter um parto normal, modalidade que corresponde a mais de 70% dos partos realizados na Maternidade Municipal Alzira Reis.
As unidades que fornecem o pré-natal garantem a datação gestacional, orientação da gestante e tratamento de condições como pressão alta e infecções, que podem causar nascimento prematuro, além de representarem risco à mulher. A realização de testes rápidos contras as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), por exemplo, é fundamental para a proteção do bebê.
Além disso, a assistência humanizada ao parto, com a garantia do atendimento necessário e redução de intervenções iatrogênicas são estratégias fundamentais. Bem como a contínua assistência ao recém nascido e à criança, com triagem e elaboração de itinerário terapêutico adequado - referenciando para as unidades de média e alta complexidade, quando necessário.
Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todo ano no Brasil. São quase seis ocorrências a cada dez minutos. A taxa de prematuridade brasileira é quase duas vezes superior à observada nos países europeus, sendo 74% desses prematuros tardios (34 a 36 semanas gestacionais).
Pele a pele – O contato pele a pele precoce tem, mais um vez, destaque no Novembro Roxo. Consagrado no método canguru, o contato pele a pele com a mãe é capaz de regular a temperatura e reduzir o tempo de internação dos pequenos. É por isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e todas as instituições que compõem a Aliança Global para o Cuidado do Recém-nascido (GLANCE).
Proteção extra – Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, além do calendário das vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização (PNI), os prematuros nascidos até 28 semanas tem direito a proteção especial contra vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa de bronquiolite no primeiro ano de vida. O palivizumabe não é exatamente uma vacina, e sim uma imunoglobulina, anticorpos que induzem a imunização passiva. A imunoglobulina está disponível gratuitamente para bebês prematuros até 28 semanas gestacionais, no primeiro ano de vida, e para bebês com displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita, independentemente de idade gestacional ao nascer, até o segundo ano de vida. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu o palivizumabe no rol de cobertura obrigatória para bebês nas mesmas condições.