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postheadericon Exposição reúne obra de pacientes do HPJ em Museu

 

 

Saúde e Cultura caminham lado a lado e a prova disso é exposição “As Artes e os seus destinos” que entrou em cartaz essa semana no Museu Janete Costa de Arte Popular e que até o próximo dia 14 de janeiro irá apresentar ao público obras oriundas das Oficinas de Artes Colagistas, realizadas durante todo o segundo semestre deste ano no Albergue do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ), que mostram todo o talento artístico dos usuários da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Niterói.


O presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN), Fernando Brandão, fez questão de valorizar a parceria entre as secretarias nesse processo.


“Através dessa interlocução das artes com a saúde. Principalmente essa atenção psicossocial, você tem o HPJ que é uma referência para todos nós e você tem também a UFF envolvida nesse processo, pra gente é muito grandioso e muito valioso”, avalia.


Sérgio Bezz, diretor do HPJ, explicou que a exposição faz parte do trabalho de acolhimento que o hospital faz e que permite a possibilidade dos pacientes, que muitas vivem no seu mundo particular e subjetivo, criarem através da música, literatura, teatro ou aqui neste caso, o das artes.

“Esses pacientes a partir da sua produção passam a ter um pertencimento a um campo da cultura e das artes como artistas efetivamente, isso pode gerar para muitos deles uma função de existência que é fundamental. Há todo um argumento em torno dessa exposição que é a relação dos pacientes com a comunidade, este campo intersetorial que a gente trabalha é parte do próprio conceito da saúde que não fica mais restrito a abordagem da doença, mas sim como um conceito que é multifatorial e que implica com fatores da cultura, moradia, educação, o cuidado com o corpo e também essa via das artes. Isso tudo é saúde”, explica.

 

A exposição foi organizada pelo Laboratório das Artes, em uma parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF), através da professora Ana Cabral e a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Assessoria Cultural do HPJ, coordenada pela psicóloga Clara Lobo.


“Ela traz obras, invenções e relatos de processos artísticos daquelas e daqueles que têm suas vidas marcadas tanto pelos serviços de saúde mental, quanto pelos encontros com a arte. Entendendo a arte como gesto e como resto capaz de instaurar processos materiais e imateriais a partir do ordinário e do extraordinário do cotidiano”, afirma.

 


 
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