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postheadericon Trabalho da Enfermagem e do Serviço Social são celebrados

 

Das comemorações mais significativas na agenda de datas festivas do SUS, a Semana da Enfermagem e Serviço Social une os dois dias que enaltecem as profissões de enfermeiros (12/05), auxiliares e técnicos de enfermagem (20/05) e dos assistentes sociais (15/05). No Hospital Getulio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, as categorias foram homenageadas em farta programação.
No pátio do prédio da direção da unidade pediátrica, a instalação de um mobile com fotos e esferas com palavras representativas das equipes de enfermagem e serviço social, ditadas por elas mesmas, como resistência, direitos e amor.
As esferas fazem alusão às bolhas citadas no tema escolhido pela Associação Brasileira de Enfermagem para a comemoração desse ano: “Romper 'bolhas' no mundo atual para o resistir e o coexistir da enfermagem”. A temática foi dividida nos eixos: relação ensino-serviço; superação do modelo biomédico; e alienação política. Já a Assistência Social, o foco foi "A nossa liberdade é anticapacitista!", revelando a importância do atendimento humanizado às pessoas com deficiência (PcDs). A escolha foi definida pelo Conselho Federal de Serviço Social.
Foram 3 dias de comemorações intensas e afetivas, de reconhecimento pelo trabalho desses profissionais que tanto cuidam de todos. Foram momentos de cuidado com o corpo e alma, momentos de reflexão, de debate e de encontros. O evento contou com apoio do Sindicato de asseio, CTI dos Pés e Departamento de Supervisão Técnico-Metodológica (DESUM).
Também tiveram participação especial, convidados externos como Sandra Piccoli e Laurides Baltazar, que trouxeram sua experiência profissional e aplicaram uma dinâmica que debateu as vantagens do trabalho em equipe.
A equipe "prata da casa" também fez bonito com sessões de aromaterapia realizadas pela farmacêutica do hospital, Claudia Soares.
Enquanto o enfermeiro Daniel Pires realizou uma fala incentivando a construção de autoestima, bem-estar e autocuidado. “Como profissionais, temos que entender que as mudanças não são rápidas, os resultados vem com o tempo, mas é sempre importante dar o pontapé inicial”, afirmou.
As ações marcam a prerrogativa da gestão do hospital em atrair parcerias e valorizar as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
Para completar, a programação ainda contou um sarau de poesias comandada pela equipe da Pedagogia Hospitalar do Getulinho, em que os participantes recitaram textos de Carolina Maria de Jesus, Eduardo Galeano e Paulo Leminski. Ao final foi realizado uma poesia em conjunto com a temática do trabalho da enfermagem e serviço social, após a escuta de música da Dona Ivone Lara, que também se formou em Enfermagem e Serviço Social.
Para Elaine López, diretora da unidade e enfermeira de formação, são eventos assim que oportunizam demonstrar o reconhecimento e respeito a essas duas profissões que tanto contribuem para o cuidado e valorização profissional: “O afeto que circula nesses momentos nos reconecta com nossa própria humanidade e uns aos outros, formando uma rede solidária e empática! Agradeço toda a equipe do Getulinho que faz a diferença na vida de tantas crianças!”. Elaine reitera sua opção pela enfermagem e pela gestão: “tenho imenso orgulho da profissão que escolhi e sou muito feliz por ter a oportunidade de contribuir para que o Getulinho seja sempre uma referência do bom cuidado”.
A enfermeira que "furou a bolha" e hoje dirige o Hospital - Elaine faz aqui um relato em primeira pessoa da multidisciplinaridade e o empoderamento das pessoas que abraçaram essa profissão milenar.
“A enfermagem é mais do que uma profissão para mim; é uma verdadeira missão de vida. Quando escolhi essa carreira, sabia que enfrentaria desafios, mas não imaginava o quanto essa escolha moldaria minha trajetória pessoal e profissional. Hoje, como diretora de um hospital pediátrico Getulinho, referência em Niterói, sinto um imenso orgulho da minha jornada e da minha contribuição para a sociedade.
 O tema da Semana da Enfermagem deste ano, "romper bolhas no mundo atual para resistir e coexistir na enfermagem", ressoou profundamente comigo. A profissão de enfermagem sempre esteve marcada pela resistência, enfrentando a precarização e lutando por reconhecimento em uma área predominantemente feminina. É impressionante pensar que 70% da força do SUS é composta por profissionais de enfermagem, evidenciando nossa importância crucial para o sistema de saúde.
Resistir é essencial, mas também precisamos aprender a coexistir neste novo cenário mundial. Com novas tecnologias e atores sociais emergentes, a enfermagem está se adaptando e se valorizando cada vez mais. Nossa missão de defender a vida permanece, agora ampliada para incluir a compreensão e atuação em contextos mais amplos, como as crises climáticas que afetam diretamente a saúde das comunidades.
Os três eixos temáticos desta semana — a dissociação entre ensino e serviço, a necessidade de romper com o modelo biomédico tradicional e a alienação política — são de extrema relevância. Precisamos formar profissionais preparados para a realidade brasileira, integrar novos conceitos de saúde e fortalecer a enfermagem como uma categoria política ativa, que luta não apenas pela saúde, mas também pelos seus próprios direitos.
Trajetória pessoal e profissional
 Minha trajetória pessoal também foi marcada pelo "romper de bolhas". Ser uma das poucas gestoras enfermeiras, com experiência em níveis municipal, estadual e federal, exigiu muita competência e determinação. Sempre senti a necessidade de provar minha capacidade, não só por ser mulher, mas também por ser enfermeira. Acredito que minha posição abre caminhos para outras enfermeiras, mostrando que nossa formação nos prepara para muito mais do que a assistência direta — estamos aptas para a gestão e para liderar mudanças significativas na saúde.
A gestão hospitalar é desafiadora e dinâmica, e eu adoro isso. Cada desafio é uma oportunidade de aprender e melhorar. Lidar com novas tecnologias, doenças emergentes e as complexidades das relações humanas no ambiente de trabalho são partes essenciais do meu cotidiano. Neste mundo globalizado, sinto-me cada vez mais fortalecida na minha identidade como enfermeira e gestora.
A paixão pelo que faço é o que me motiva a continuar. A cada dia, reafirmo meu compromisso com a enfermagem e a gestão, buscando sempre o melhor para nossos pequenos pacientes e suas famílias. Tenho muito orgulho da minha carreira e do impacto positivo que posso ter na vida das pessoas. Enfermagem é, sem dúvida, a defesa de todas as vidas, e essa é a minha missão maior”.
 
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