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postheadericon Luta Anitimanicomial é lembrada pelo RAPS e pelo HPJ

 

Compreender que o tratamento em Saúde Mental deve ser pautado pela humanização, ao invés da exclusão: essa é a tônica da Luta Antimanicomial, movimento que sempre acompanhou as manifestações pela reforma sanitária e implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Niterói, profissionais de saúde ativistas estiveram sempre com essa pauta que é nacional, incentivando o poder público e a sociedade a mudar o olhar para a superação da forma antiga de tratar pessoas com fragilidades emocionais.
 
Neste ano de 2024 duas atividades marcaram as comemorações sobre o tema na rede pública de Saúde Mental de Niterói: uma pelo Centro de Convivência e Cultura Dona Ivone Lara, integrante da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e outra no Hospital Psiquiátrico Jurujuba (HPJ), pertencente à Vice Presidência de Atenção Hospitalar (VIPAHE).
 
Antecipando 18 de maio, o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, na sexta-feira (17), profissionais e usuários do RAPS se reuniram em praça na Amaral Peixoto, em ação do Centro de Convivência em parceria com a Economia Solidária – com total protagonismo dos usuários da Saúde Mental na elaboração e organização do evento.

Teve várias barracas com vendas de produtos realizados pelos comerciantes da Economia Solidária e de pacientes, fundamentais para geração de renda para os próprios pacientes. À tarde, aconteceram atividades artísticas: o já tradicional bloco Loucos pela Vida com muita música e diversão; apresentação do Pirei na Cenna – integrante do Teatro do Oprimido; oficinas de brincadeiras e DJ. “É uma forma de relembrar a luta antimanicomial em ações que devem sempre continuar durante o ano”, afirmou Viviane Costa, supervisora do Centro de Convivência.

Além disso, Viviane ressalta o seminário que aconteceu no dia 09/05 sobre a reforma psiquiátrica, de como funciona a rede de Saúde Mental de Niterói, o que já foi conquistado e o que precisa avançar. O evento aconteceu na FAMATH – Faculdade Maria Thereza, em parceria com o Curso de Psicologia. Foi uma troca de experiências que contou com a participação do renomado professor aposentado da UFRJ, Eduardo Mourão Vasconcelos.

HPJ também lembra da Luta Antimanicomial – Pela manhã teve exibição de um curta-metragem chamado “Doença entre Aspas” e logo após um debate em integração dos usuários e profissionais. Um dos pacientes se manifestou: “se o hospital acabar quem vai acolher a gente?”, demonstrando ainda a preocupação com a mudança gradual de modelo hospitalar para modelos mais libertários, ainda que o hospital adote diversos métodos avançados na atenção psicossocial humanizada. Outro usuário disse: “o SUS está para isso: para nos SUStentar!”.
À tarde, um karaokê foi instalado no pátio, para a participação livre dos usuários. Ao redor, os cartazes elaborados pelos próprios pacientes enfeitavam o ambiente. O clima era de festa e inclusão. “A equipe do HPJ está no território, na articulação, na intersetoralidade com toda a rede, com o RAPS – pensando na alta da internação aqui para a transição para o tratamento nos CAPS. Tudo feito por um projeto terapêutico singular”, afirmou Anne Freitas, coordenadora do NAC (Núcleo de Atividades Culturais e Coletivas) do HPJ.

É essa integração do Hospital com os CAPS, ambulatórios, residências terapêuticas e Centro de Convivência que mantém Niterói na lógica do atendimento psicossocial ideal
 
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