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postheadericon Microcefalia é tema de Seminário pela 2ª vez

II Seminário Microcefalia Assistencia Social e  Fisioterapia 065

 

 

Começou hoje, dia 20, e vai até amanhã, o II Seminário Municipal de Sensibilização em Microcefalia na Universidade Salgado de Oliveira (Universo). O evento realizado pelo Departamento de Supervisão Técnico-Metodológica (DESUM) da Fundação Municipal de Saúde (FMS) contou com participação de diversos especialistas do município e do estado.
A Zika foi notificada pela 1ª vez na África, nos anos 40. Espalhou-se pelo Oriente Médio na década de 70, até chegar como epidemia na Polinésia Francesa em 2014, um ano antes de ser registrada no Brasil. Hoje sua incidência é de 61% nas Américas, conforme palestra da Ana Eppinghaus, coordenadora da Vigilância em Saúde (COVIG).
A doutora trouxe dados sobre a situação epidemiológica no município, no estado e nacionalmente. Já são 592 municípios com casos de microcefalia confirmados pelo país. No Rio, são mais de 5 mil casos de Zika notificados e 564 óbitos derivados da microcefalia. Demais dados podem ser consultados no site combateaedes.saude.gov.br.
A Vigilância monitora a Síndrome Exantemática  em gestantes, ou seja, se tiveram Zika durante a gestação. O monitoramento vai desde a alteração no sistema nervoso central do bebê, passando pelo abortamento e o natimorto após suspeita clínica ou resultado labatorial, até o recém-nascido que tenha perímetro cefálico menor que 32 cm.
Representando o Estado e o Município no Controle, Avaliação e Auditoria, Maria Giseli e Omar Luis versaram sobre o cuidado e a reabilitação na assistência dos deficientes acometidos por problemas neurológicos após a exposição pela Zika. Na mesa de abertura, Flavia Monteiro, secretária municipal da Educação, ressaltou que as unidades do município estão equipadas com educação inclusiva e prontas para receber aqueles que têm microcefalia.
Em seu segundo dia convidados expuseram sobre a intersetoralidade com a educação inclusiva e o trabalho das instituições conveniadas no trato com as crianças que nascem com a Microcefalia.
Andreia Pierre, coordenadora da Educação Especial, explicou o trabalho dos professores de apoio na educação inclusiva. Desde 2008, segue-se a portaria do MEC do Plano Nacional de Educação Especial na perspectiva de Educação Inclusiva. “Os professores de apoio atuam nas unidades municipais na avaliação pedagógica e no acompanhamento de desempenho”, afirmou.  O trabalho com o aluno deficiente deve se atentar à linguagem adequada e à adaptação do material pedagógico. O ensino deve ser multidisciplinar e formado por parcerias, como o da fonoaudiologia, representada no evento por Luciene de Oliveira.

As instituições conveniadas com a Fundação Municipal da Saúde (FMS), Associação Federal de Reabilitação (AFR) e a Pestalozzi, foram representadas pelas fisioterapeutas Luciene de Oliveira e Clarissa Chaffin e pela assistente social Cristiane Oliveira. Dentre suas funções estão a estimulação precoce em bebês e crianças de até 6 anos, a reabilitação, oficinas, programas educacionais, profissionalização e assistências às famílias que devem sempre trabalhar em conjunto em prol da pessoa deficiente. “O trabalho é para contribuir para melhoria da qualidade de vida”, afirmou Cristiane Oliveira.
O evento seguiu pela tarde com a participação de outras duas instituições conveniadas, a ABRAE e a AFAC; além de uma mesa sobre legislação da inclusão e apresentação do protocolo de enfrentamento do Zika em gestantes e recém-nascidos.
 
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