Saúde intensificará ações voltadas para a vacinação de HPV
Por conta da diminuição na procura pela vacina contra o HPV, a Fundação Municipal de Saúde de Niterói intensificará no próximo mês, período que antecede as férias, as ações voltadas para a vacinação dos adolescentes. O objetivo é alertar pais e o público alvo sobre a importância da imunização. A imunização está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas Regionais e Comunitárias, e Módulos do Programa Médico de Família de 2ª a 6ª feira, no horário de 8 às 17 horas. Para receber a dose, o adolescente terá que levar à unidade o Cartão de Vacinação e um documento para comprovação da idade.
No ano de 2014, a vacina quadrivalente contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) começou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação. Inicialmente o público alvo era de meninas de 9 a 14 anos. Em 2017, a imunização também foi disponibilizada para meninos com 12 e 13 anos de idade. Também devem receber a vacina mulheres e homens vivendo com HIV, com idade entre 9 e 26 anos. Esse grupo específico deverá procurar o serviço de Saúde onde é acompanhado para o HIV para buscar as orientações necessárias para se vacinar.
Unidades de Saúde do município, que já realizam um trabalho de educação e prevenção voltado para adolescentes, irão reforçar o assunto sobre HPV, esclarecendo dúvidas e orientando quanto a importância de se proteger da doença. Os pais e familiares também serão orientados. Além dessas medidas, uma circular será enviada para casa de cada aluno da rede municipal de Educação solicitando que pais levem seus filhos aos pontos de vacinação contra o HPV.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, a vacina é muito importante e é preciso vencer o preconceito que, principalmente os meninos, possuem em frequentar serviços médicos. “O vírus do HPV é responsável pelo surgimento de câncer de colo de útero e está associado a outros tipos da doença, desta forma é fundamental que os adolescentes, dentro da faixa etária, comparecem às unidades de saúde, não apenas para vacinação, mas também acompanhamento preventivo e outras ações de promoção à saúde”, alerta a secretária.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina é segura, sendo esperadas reações leves como dor e vermelhidão no local da aplicação e febre. No entanto, é contraindicada em caso de alergia grave à leveduras, ou quando já ocorreu reação alérgica grave após a administração de dose anterior. Também não deve ser dada durante a gravidez.
O HPV
Os tipos de vírus HPV mais comuns são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero e até 90% das lesões anogenitais. Outros tipos de câncer que podem estar associados ao HPV são de vagina, de vulva, de pênis, de ânus e de orofaringe.
A principal forma de transmissão é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Embora tenha baixa frequência, pode ocorrer infecção por sexo oral.
A vacina que será utilizada na rede pública previne infecções pelos tipos virais mais comuns e tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus.
Cabe lembrar que vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer do colo do útero realizado nas consultas médicas. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais.