Maternidade comemora 13 anos e mais de 56 mil atendimentos
Parto humanizado é realidade no local
A Maternidade Municipal Alzira Reis Vieira Ferreira (MMAR) festejou na tarde desta terça-feira mais um aniversário de inauguração, com marcas significativas ao longo desses 13 anos de existência. Até abril deste ano foram 56.615 atendimentos, 19. 442 internações, 19.480 partos, sendo que 93% eram de baixo risco e 88% de gestantes de Niterói. As informações foram dadas pela diretora da unidade, Adriana Cersósimo, que apresentou os dados durante uma palestra após a apresentação do Grupo Palha de Milho, que abriu as comemorações tocando e cantando sucessos da MPB.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, na maternidade o parto é humanizado. “O contato entre mãe e bebê é estimulado e valorizado. Isso é um ponto alto de Niterói e a cidade merece que homens e mulheres continuem apoiando as ações da unidade”, ressaltou.
A diretora Adriana esclarece que a maternidade destaca-se entre outras unidades por ter sido a primeira do município a ter conselho gestor e cartório instalado em suas dependências. Desde a instalação, em 2009, já foram expedidos 5.582 registros de nascimento. Esses quesitos propiciaram à MMAR participar da Rede Cegonha do Ministério da Saúde (MS), que determina às unidades participantes: ter gestão colegiada, grupo de gestantes que visitam a unidade antes do parto no programa Maternidade de Portas Abertas, bem como centro de estudos e políticas públicas que estimulem o parto normal.
“Nosso índice de partos cesáreos não ultrapassa 28%. O parto humanizado é uma realidade da maternidade, seguimos a política de aleitamento na primeira hora, os acompanhantes são permitidos durante todo o processo, as gestantes contam com apoio de fisioterapeutas, psicólogas, enfermeiras obstetras e métodos não farmacológicos de alívio a dor”, enfatizou a diretora.
No aniversário da MMAR, as mães é que ganharam presente. Foi o que aconteceu com a dona de casa Jocilane Barboza de Souza, 37 anos, mãe de Breno, de apenas um dia de vida. Moradora do Morro do Preventório, ela fez todo o pré-natal no módulo do Programa Médico de Família (PMF) local. Há nove anos, deu à luz a Pedro Ricardo na maternidade municipal, que segurava o novo irmãozinho com todo cuidado. Mãe e filhos foram presenteados com um enxoval de bebê completo.
“Tive meus dois filhos na unidade e sempre fui muito bem atendida aqui. Fiz todo acompanhamento da gestação na rede municipal, já pensando em realizar meu parto novamente na maternidade Alzira Reis”, declara.
Já a avó Darlene Maria da Silva, de 47 anos, segurava com firmeza o neto Ismael Santos Cardoso, filho de Antônio da Silva Cardoso, 25 anos, faxineiro, e Taiane Santos Evangelista Cardoso, 26 anos, dona de casa. Eles fizeram o pré-natal no módulo do PMF do Viradouro.
Maternidade
Outras iniciativas de destaque na MMAR são o Grupo de Gestantes, que realiza reuniões de 15 em 15 dias para que as mulheres possam conhecer as instalações, a equipe e tirar dúvidas; o projeto Maternidade de Portas Abertas, onde um profissional é destacado para levar as gestantes em uma visita a qualquer momento; e a política de aleitamento, que estimula a amamentação, dá orientação e promove a doação de leite materno.
A equipe da maternidade é formada por obstetras, pediatra e anestesista, além de profissionais de enfermagem obstétrica e neonatológica, assim como assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos e fisioterapeutas, entre outros.
O diretor médico da maternidade, Marcelo Garibe, esclarece que são atendidas gestantes de baixo risco. Nos casos de média e alta complexidade, as mães são orientadas desde o pré-natal a procurarem unidades como o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), no Centro, e o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca.
As Faculdades de Medicina das Universidades Estácio de Sá e Federal Fluminense (UFF) mantém estudantes em estágio rotatório e residência médica. Os alunos contam com orientação de médicos obstetras, pediatras, enfermeiros.
Pesquisa de satisfação do usuário realizada nos meses de fevereiro, março e abril deste ano, com cerca de 30 mães que tiveram bebês nos últimos 45 dias (puérperas), apontou que 97% delas consideraram o atendimento na unidade entre bom e ótimo.
Foto: Luciana Carneiro