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postheadericon Festa junina anima usuários rede de saúde mental de Niterói

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A tarde desta quarta-feira (19) foi de diversão e entretenimento no Centro de Atenção Psicossocial Infantil Monteiro Lobato (Caps I), em Santa Rosa, Zona Sul da cidade. Profissionais do Centro promoveram uma festa junina para pacientes e seus familiares aberta ao público. Com direito a decoração, comidas e bebidas típicas, quadrilhas, pescaria, brechó e muitas brincadeiras, a festividade garantiu a alegria dos presentes.  Cerca de 70 pessoas participaram do encontro que aconteceu no pátio da unidade. A intenção da equipe, que presta assistência em saúde mental à população infanto-juvenil no município, é incentivar a pratica do convívio com a população com diversas atividades.


Jaguacyara dos Santos, divorciada, 31 anos, levou a pequena Ana Raphaella dos Santos, 10 anos, diagnosticada com autismo e acompanhada pelo Caps desde os quatro anos para participar de mais uma festinha. De acordo com a mãe, o tratamento recebido vem sendo fundamental para o desenvolvimento da filha.


“Ela não brincava com outras crianças, não falava, tinha dificuldades de conviver em grupo por conta dos atrasos no desenvolvimento. A partir do acompanhamento aqui, com estímulos, festas como essa, inclusão em espaços públicos e consultas com profissionais ela sociabiliza melhor, além de apresentar avanços no desenvolvimento motor. Agora ela faz coisas que antes na conseguia, como pinturas, memorização e interação com as pessoas”, terminou, elogiando o trabalho da equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, acompanhantes domiciliares.


A psicóloga Nala Rizzo é coordenadora do Caps I. Segundo a profissional, é justamente o incentivo a inclusão social, representado pela festa, que ressalta o trabalho desempenhado pelo órgão.


“Nosso arraiá seria realizado na Praça do Vital Brazil, mas pelo mau tempo teve que ser transferido para a unidade. Buscamos fazer atividades externas, em todo território. Nem todo paciente que vem aqui precisa de medicação para estar bem. Por isso desenvolvemos atividades de oficinas, grupos, visitas a museus, praças, além dos acompanhamentos individuais com a equipe. Nosso trabalho visa sempre a coletividade”, disse, resaltando que são atendidos mais de 200 pacientes no espaço e enfatizando que a oportunidade é importante para todos entenderem que as pessoas com transtornos mentais tem direitos de circular e conviver em sociedade.



Foto: Bruno Eduardo Alves

 
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