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postheadericon Prefeito e Ministro liberam “mosquitos do bem” em Niterói

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O prefeito Rodrigo Neves e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participaram na última segunda-feira (2) da liberação dos chamados “mosquitos do bem” na Clínica Comunitária da Família Dr. Antônio Peçanha, na Rua Teixeira de Freitas, no Fonseca. A tecnologia já se mostrou promissora no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya). A cidade de Niterói é pioneira no uso da nova técnica de prevenção que já abrange 90% do território.


Os insetos infectados com a bactéria Wolbachia já foram liberados em 33 bairros de Niterói e ajudaram na redução, ano passado, de 90% nos casos de Chikungunya na cidade. A tecnologia inibe a transmissão de doenças que atingem o ser humano.


As primeiras liberações dos mosquitos contendo Aedes aegypti com Wolbachia no Brasil ocorreram em 2015 nos bairros de Jurujuba em Niterói e Tubiacanga na Ilha do Governador. Em 2016 a ação foi ampliada em larga escala em Niterói e em 2017 no município do Rio de Janeiro. Além do Brasil, também desenvolvem ações do programa países como: Austrália, Colômbia, Índia, Indonésia, Sri Lanka, Vietnã, e as ilhas do oceano pacífico Fiji, Kiribati e Vanuatu.


“No início da gestão, em 2013, nós já tínhamos uma epidemia de dengue, que começou em 2012 e se estendeu por 2013. Na época, a cidade vinha de uma desorganização muito grande, com fechamento de várias unidades de saúde. Além de reconstruir o sistema de saúde, nós fizemos alguns contatos com pesquisadores da Fiocruz e a Prefeitura de Niterói acreditou nesse projeto e, em 2014 e 2015, desenvolvemos um projeto piloto em Jurujuba e os resultados foram muito positivos. Fomos gradativamente expandindo para toda a cidade, e a gente tem hoje 90% menos casos de dengue, zika e chikungunya do que em 2018. É o melhor resultado do Estado e de Niterói nos últimos 18 anos”, disse o prefeito Rodrigo Neves.


O ministro da Saúde disse que a experiência bem-sucedida em Niterói será levada para outras regiões do país


“Belo Horizonte, Petrolina, Fortaleza, Manaus, Campo Grande e Foz do Iguaçu, que representam as características de cada região do país, serão as próximas cidades a receberem os insetos com a bactéria Wolbachia para vermos como eles funcionam em outros climas. Vamos aumentar a capacidade de produção dos insetos. Vamos trabalhar também com outras tecnologias, como a vacina contra a dengue, que está sendo testada no Instituto Butantan, em São Paulo, para alcançarmos bons resultados, como os conseguidos aqui em Niterói”, disse o ministro Luiz Henrique Mandetta.


A secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, lembrou as medidas adotadas no combate ao Aedes aegypti em Niterói.


“Niterói tem uma luta histórica contra a dengue. Temos uma enorme preocupação em enfrentar o Aedes aegypti. Aprendemos muito com as experiências internacionais, criamos uma metodologia com os dengódromos, com rapidez em hidratar nas policlínicas as pessoas infectadas nas comunidades. Até que nós tivemos a delicadeza de receber da Fiocruz essa experiência da Wolbachia. Nós ficamos preocupados inicialmente porque sempre combatemos o mosquito e reduzimos nossos indicadores de uma forma extraordinária”, disse Maria Célia.


Também participam da ação os deputados Paulo Bagueira (estadual) e Chico D’Ângelo (Federal); o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira; a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade; e o pesquisador da Fiocruz e líder do World Mosquito Program no Brasil, Luciano Moreira.


Nesta etapa, o conjunto de bairros contemplados são Fonseca, Engenhoca, Cubango, Santana e São Lourenço.


Wolbachia - A metodologia adotada é inovadora, autossustentável e complementar às demais ações de prevenção ao mosquito. A Wolbachia é uma bactéria intracelular que, quando presente nos mosquitos, impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam dentro destes insetos. Não há qualquer modificação genética, nem da bactéria, nem do mosquito. A Wolbachia está naturalmente presente na maioria dos insetos, mas não é encontrada nos mosquitos Aedes aegypti.


Também faz parte do projeto a realização de ações prévias de engajamento e comunicação junto às comunidades locais e profissionais de saúde sobre a segurança do método e seu impacto no ecossistema.

As liberações dos mosquitos são realizadas semanalmente, durante 16 semanas, em grupos de bairros. Durante o monitoramento, é verificada a necessidade de realizar novas solturas pontuais. Em áreas onde é possível trafegar, a Fiocruz utiliza veículo para realizar a ação. Em áreas onde não é possível, as liberações são feitas por agentes das prefeituras.


Prevenção - Durante o período de seca, a população pode realizar ações de prevenção, basta tirar 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa, por exemplo. Uma vez por semana, lavar com água, sabão e esfregar com escova os pequenos depósitos móveis, como vasilha de água do animal de estimação e vasos de plantas.


Além disso, é preciso descartar o lixo em local adequado, não acumular no quintal ou jogar em praças e terrenos baldios. Limpar as calhas, retirando as folhas que se acumularam no inverno também é importante para evitar pequenas poças de água.


Cada pessoa pode ser um vigilante permanente de atenção à saúde, com isso não teremos dengue, zika e chikungunya.

 

 

 

 


 
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