SAMU da Metro II realiza seminário pelos seus 15 anos
Atendimento pioneiro em todo país, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), da Região Metropolitana II, completou 15 anos de existência realizando um seminário no dia 11/12/2019. O evento reuniu profissionais de saúde de todos seus sete municípios na Sala Nelson Pereira dos Santos, localizada no Centro Petrobrás de Cinema, em São Domingos, Niterói. Fundado em setembro de 2004, o serviço atende o município, além de São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim.
Iniciando a mesa de abertura, representando a secretária de saúde de Niterói, Maria Célia Vasconcellos, que está em Brasília, o vice-presidente de Atenção Hospitalar e de Emergências, Ramon Sánchez, saudou os participantes e lembrou os sete anos em que trabalhou na coordenação do SAMU.
"Vejo rostos conhecidos aqui que sempre estiveram batalhando pelo SAMU e que continuam no trabalho, seja na base ou na central. É um serviço que nos orgulha na Saúde, porque a cada dia aprendemos algo novo e temos uma relação integrada com a equipe, de já olhar para nossos amigos de trabalho e saber o que estão precisando. Prova disso foi o atendimento brilhante nos casos do Morro de Bumba [2013] e Nova Esperança [este ano]", relembrou Sánchez.
Dando continuidade, o diretor da Central de Regulação de Emergências, Olavo Cabral, anunciou que pretende ampliar o trabalho com novas contratações: "É importante ressaltar também o trabalho de capacitação organizado pela coordenadora de Educação Permanente, Olguimar Dias, que todo mês realiza cursos para aprimorar os profissionais do SAMU e acompanha os diversos cursos que acontecem nos municípios, transformando os profissionais em multiplicadores que levam para os demais as informações adquiridas".
Entre os destaques de atendimento, Olavo ressaltou o trabalho na prevenção de suicídios e na atenção pediátrica e para gestantes de alto risco. "Toda a equipe está de parabéns, desde quem atua na ponta nas ambulâncias, como os profissionais que recebem as ligações", afirmou, reiterando a resposta rápidas nas tragédias do Bumba e Nova Esperança que deixaram todos os hospitais de Niterói em alerta para receber os feridos.
Axel Grael, secretário de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão do município, também esteve representando o prefeito da cidade, Rodrigo Neves. Gestores do estado e de outros municípios da Metropolitana II também participaram, ressaltando a importância do trabalho integrado no socorro eficiente e rápido que o SAMU deve continuar fornecendo e ampliando. Completavam a mesa Gilson Ransmanz, da secretaria estadual de saúde; Eduardo Lenine, coordenador estadual da urgência e emergência; Simone Costa, secretária de saúde de Maricá; Marcilene Mendonça, presidente da Câmara de Vereadores de Silva Jardim; Vanessa Andrade, secretária de saúde de Silva Jardim; e Júlio Cesar Ambrósio, secretário de saúde de Itaboraí.
Por dentro do Samu
O SAMU 192 recebe de 300 a 500 telefonemas por dia. Ao longo desses 15 anos foram realizadas mais de 1,5 milhão de chamadas. Cerca de 75% a 80% das ocorrências são resolvidas por telefone, através do serviço de telemedicina ou direto no local da chamada - fato que desafoga a demanda dos hospitais de urgência e emergência. No entanto, o alerta do índice de trotes, que está entre 20% e 30% das ligações, é motivo de preocupação e conscientização da população. Na base de Niterói, a frota é composta por seis ambulâncias e duas motolâncias.
Segundo o pesquisador e bombeiro do Grupo de Pesquisa em Acidentes e Incêndios com Múltiplas Vítimas, da UFRJ, Marco Antônio Plautz Chocron, com planejamento, estrutura adequada, treinamento e simulações periódicas, uma equipe do SAMU se mantém preparada para dar “uma resposta rápida e eficaz diante de uma emergência”.
Na palestra, “Resposta Rápida a Incidentes em Locais Fechados com Aglomerados de Pessoas”, Chocron ratificou que os protocolos de atendimento precisam se manter sempre atualizados e o pessoal treinado para que a perda de vidas humanas seja a menor possível após a ocorrência de um acidente de grandes proporções.
Na ocasião, houve a simulação de uma explosão no auditório e equipes do serviço foram acionadas por uma central de regulação de urgências montada no local. As “vítimas”, de acordo com a gravidade dos ferimentos, após atendimento no lugar e seguindo o protocolo de classificação de risco, foram transferidas para o Hospitais Estadual Azevedo Lima (Heal), Municipal Carlos Tortelly (HMCT), Unidade de Urgência Mário Monteiro (Umam) e policlínica regional do Largo da Batalha.
No final do evento, personalidades marcantes na trajetória do serviço foram homenageadas e houve um coquetel de confraternização pelos 15 anos do Samu 192.
Fotos: Bruno Miranda Alves e Rudá Lemos