Saúde mental: Niterói inaugura nova residência terapêutica
São Lourenço é o mais novo bairro de Niterói a receber uma Residência Terapêutica (RT), que irá abrigar pacientes portadores de transtornos mentais. A Fundação Municipal de Saúde (FMS), por meio da Coordenação de Saúde Mental de Niterói, alugou no dia 29/01 uma casa mobiliada com três quartos, sala, cozinha, dois banheiros, terraço e quintal.
A nova unidade será mantida com recursos da Fundação e irá atender até oito pacientes de longa permanência, que já estiveram internados no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ) ou na Clínica Nossa Senhora das Vitórias, de São Gonçalo. A equipe técnica que dará suporte a esses novos moradores conta com nove cuidadores plantonistas, um técnico de enfermagem e um acompanhante terapêutico.
De acordo com o coordenador municipal de Saúde Mental, Carlos Castro, a portaria nº 106 de 2000, do Ministério da Saúde (MS), define os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) como “moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social, laços familiares e que viabilizem sua inserção social”.
Ainda segundo Carlos Castro, no artigo 2º da portaria nº 106, está definido que “os SRTs em Saúde Mental constituem uma modalidade assistencial substitutiva da internação psiquiátrica prolongada, de maneira que, a cada transferência de paciente de um hospital especializado para um serviço, deve-se reduzir o leito ou descredenciá-lo do SUS (...), realocando o recurso da AIH correspondente para os tetos orçamentários do Estado ou Município que se responsabilizará pela assistência ao paciente e pela rede substitutiva de cuidados em Saúde Mental”.
Com profissionais qualificados e atualizados, as RTs de Niterói priorizam a reinserção social, aliada ao conforto, a privacidade e a segurança. E mais: através do atendimento humanizado, que se estende a realização de projetos terapêuticos em grupo ou individualizados, Castro acredita que o acolhimento das pessoas em tratamento e a ética nas relações são fundamentais para a recuperação dos pacientes.