Além do rosa, esse mês tem outra cor importante, estamos também no Outubro Verde que reflete sobre a conscientização e combate à sífilis. Além do dia que foi comemorado no último sábado (21), a Secretaria Municipal de Saúde realizou na última terça-feira (24) o 13º Encontro Municipal sobre Sífilis para os profissionais da rede de saúde com o tema: "Integração entre Vigilância em Saúde e Atenção Primária à Saúde: estratégia para eliminação da Sífilis Congênita" no auditório do campus de Enfermagem da Unidade Federal Fluminense.

“Sem essa parceria e esse olhar integrado para o território, a gente de fato não consegue chegar lá. Eu quero dizer que a coordenação de Vigilância em Saúde tem essa prioridade e é muito importante hoje aqui esse auditório cheio. A sífilis vem ganhando visibilidade e a gente precisa permanecer nesta luta, qualificar o nosso pessoal para avaliar de forma incansável para comprovar e erradicar essa doença”, afirmou a coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Eppinghaus em sua fala de abertura na mesa de boas-vindas do encontro.

Já a diretora de Atenção à Saúde da Fundação Estatal de Saúde de Niterói (FeSaúde), Stefania Soares, agradeceu a presença de todos no evento.

“Poder dedicar essa tarde, saindo um pouco da rotina de trabalho, para parar e ouvir, refletir, reforçar conceitos e pensar na prática é um privilégio. Então a gente agradece, em nome da fundação estatal e do (diretor) Pedro (Lima), o convite para compor este espaço e endossar que os nossos trabalhadores possam estar aqui juntos discutindo sobre essa temática e principalmente reforçar esse compromisso pela erradicação da sífilis”, avaliou.

A Sífilis é uma doença infecto-contagiosa transmitida sexualmente, por isso a importância de reforçar a informação da prática de relações sexuais com preservativos. Entre seus sintomas, estão: pequenas feridas nas genitálias que desaparecem e manchas vermelhas na pele.

A Sífilis Congênita é especialmente perigosa, pois pode resultar no bebê, por exemplo, baixo peso ao nascer, nascimento prematuro, aborto e natimorto.

Em Niterói existe a oferta em todas as unidades da rede básica de saúde para o diagnóstico e tratamento para a sífilis. É importante lembrar do uso do preservativo para prevenir a doença e fazer testagem regularmente nas unidades.

“Diariamente em todas as unidades de saúde a gente tem o acolhimento, mas a gente sabe que pode avançar”, afirmou Adriana Tereza Soares da Costa, coordenadora da primária à saúde da Vice Presidência de Atenção Coletiva, Ambulatorial e da Família (VIPACAF).

Fechando a mesa de boas-vindas ainda estava presente a professora Sidênia Alves Sidrião de Alencar Mendes, que faz parte do corpo docente da Faculdade de Enfermagem da UFF. Ela foi homenageada pela organização com flores, no qual ficou bastante agradecida.

Logo após começaram as apresentações, primeiro a do professor Armando Cypriano Pires do Instituto Saúde Coletiva da UFF que teve como tema: “Integração entre Vigilância em Saúde e Atenção Primária à Saúde: estratégia para eliminação da Sífilis Congênita”.

Em seguida foi a vez da apresentação “Perspectivas e estratégias da gerência estadual para a eliminação da sífilis congênita no Estado do Rio de Janeiro”, das sanitaristas Marcella Teófilo e Luíza Faria, ambas da Gerência Estadual de IST/Aids da SES/RJ.