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postheadericon Exposição reúne artistas e usuários da rede de saúde mental

O Centro de Convivência e Cultura Oficinas Integradas da Fundação Municipal de Saúde (FMS) promove a exposição “Convivencidade”, em parceira com a Universidade Salgado de Oliveira (Universo).  A mostra reúne quadros pintados por 19 artistas consagrados e amadores, além de usuários da rede de saúde mental de Niterói.


Mesclando trabalhos individuais e coletivos, o grupo propõe uma mostra documental de atividades cotidianas baseadas na experiência direta e na aposta de uma sociedade com mais inclusão. Cerca de 200 pessoas visitaram a galeria de artes da Universo para apreciar obras expostas. A exposição segue até o dia 30 de junho.


 

Promovendo integrações culturais das pessoas que possuem transtornos mentais na cidade, o centro de convivências busca transcender o local de trabalho, realizando parcerias com diversos setores e entidades no município. De acordo com a equipe, o trabalho prioriza o respeito à diversidade e inclusão social, chegando a vários locais, como parques, cinema, teatro, galerias de arte e museus. O grupo Convivencidade entra nesse contexto das preocupações contemporâneas. O conjunto de trabalhos inscritos mostra as impressões e vivencias sociais. Neles, os artistas se manifestam de diferentes formas, que vão desde a pintura de telas, performances, vídeos e fotografias.


Rafael da Silva Marques, 31 anos, é artista plástico e começou a desenhar com apenas seis anos. Expondo dois quadros e quatro desenhos, explica que as obras em geral são a relação do artista com o mundo em que vive, e fala da sua trajetória. “Arte é uma coisa que vem de fora pra dentro, pela experiência do que é vivido. Depois que a pessoa absorve a arte, os sentimentos são passados para fora através das obras. Foi um longo caminho até eu aprender a desenhar. Exigiu muito trabalho e dedicação ao longo do tempo. A arte é o meu objetivo principal definido pra vida”, destaca Rafael, dizendo que recebe acompanhamento psicológico do Centro de Atenção Psicossocial Hebert de Souza há dois meses e tem adorado a experiência: “Me sinto em um ambiente familiar”, terminou.


De acordo com Petrônio Ornellas, artista e um dos organizadores do evento, o encontro busca a interação dos usuários com a sociedade, tornando-os artistas e não apenas pessoas com transtornos mentais. “Vemos trabalhos de pessoas com grande experiência e longa trajetória de carreira, como a Gracy Kaley que expôs sua arte na Finlândia e Japão, ao lado de obras dos nossos artistas. É justamente essa grande mistura que queremos mostrar. O importante é que os usuários da rede estarem bem sociabilizados, sentindo e sendo tratados como artistas, participando e tendo seu trabalho reconhecido. Isso é um coletivo das artes”, finaliza Petrônio, lembrando que a mostra ficará aberta até o dia 30 de junho no mesmo local.

 

 

 

 



 
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