postheadericon Policlínica do Fonseca recebeu mutirão de retinopatia diabética

 

 

Na quarta-feira, 06/04, a Policlínica Regional Dr. Guilherme Taylor March, no Fonseca, recebeu médicos oftalmologistas para a realização de um mutirão de exames de retinopatia diabética para a população de Niterói.

Após a medição de glicemia, foram utilizados modernos retinógrafos portáteis da Phelcom para detecção da doença. Os aparelhos captam imagens do fundo do olho e revelam se há qualquer deformidade.

A medida entra na programação do Abril Marrom de Niterói que trata dos agravos cometidos aos olhos. Especificamente representada pela cor azul, a diabetes também está sendo lembrada até 08/04 pela iluminação nesta cor no Museu de Arte Contemporânea (MAC).

O mutirão na Policlínica foi uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói com o Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa (IBAP Oftalmologia), em patrocínio da Bayer e apoio da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SOB).

“São superimportantes essas parcerias que complementam o trabalho do poder público” elogiou a Subsecretária de Gestão de Redes, Maria Angélica Duarte, que esteve no evento representando o Secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira.

“Fomos procurados pela Prefeitura para a realização desse mutirão como forma de prevenção desta doença que pode levar à cegueira” afirmou Rodrigo Pegado, diretor técnico do IBAP, alertando para a importância do diagnóstico precoce.

Uma das usuárias que participaram foi Regina Celi, de 61 anos, que descobriu há 3 anos que era diabética. “Foi um descuido meu, porque eu já trabalhava com saúde, mas não cuidava da minha”, confessou ela que está aposentada do seu trabalho em radiologia pelo Ministério da Saúde.

Outra usuária que realizou o exame foi Carla Regina Amaro. Ela contou que adquiriu diabetes gestacional e, na época, chorou quando soube que estava com a doença. Hoje encara com maior naturalidade e comenta com orgulho que seu filho não adquiriu ela.

Tanto em Regina quanto em Carla foram observadas alterações em seus exames, sendo encaminhadas para consulta com oftalmologista. As duas são atendidas no programa HiperDia, o grupo de hipertensos e diabéticos da unidade que se reúnem semanalmente. O grupo teve que se adaptar em reuniões virtuais por conta da pandemia. Nele, usuários de saúde trocam informações sobre o cotidiano com as doenças e escutam explanações dos profissionais de saúde.

“Esse mutirão é uma oportunidade de ampliar o acesso da população de Niterói a um exame de extrema importância. Sabemos que a diabetes incide em população de mais idade e está relacionada com fatores de risco que se ampliaram na pandemia como o estresse e o sedentarismo”, sintetizou a diretora da Policlínica, Maria Conceição Stern, em evento que seguiu o dia inteiro, da 8h às 17h (com entrada até 15h).

A doença – “A retinopatia diabética é causada por danos aos vasos sanguíneos no tecido da parte traseira de dentro do olho, chamado retina. É uma complicação relacionada com alterações microvasculares, com grande repercussão na qualidade de vida e impacto na capacidade laboral. Por isso, o rastreamento e acompanhamento da doença é um importante meio de prover mais autonomia e qualidade de vida aos pacientes. Os primeiros sintomas visuais incluem moscas volantes, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade de distinguir cores. Se não tratada, a retinopatia pode derivar em edema macular, um agravamento da condição”, com informações de release da IBAP Oftalmologia.

Texto: Rudá Lemos

Foto: Karine Rangel