postheadericon Oficina do Projeto Escola da Família reúne gestão e profissionais

 

 

Na terça-feira (26), o Auditório da Universidade Salgado de Oliveira  (Universo), sediou a Oficina de Expansão da Implantação do Projeto Escola da Família, que tem como valor principal, a promoção de práticas parentais com afeto e sem violência.

A programação teve início com uma bela apresentação artística musical de três músicos da Orquestra da Grota. Após, se sucederam as falas da mesa de abertura, que foi composta por: Maria Angélica Duarte, da Subsecretaria de Redes; a Professora Graça, do colegiado Niterói Pacto contra a Violência; Vinicius Lima, da Vice Presidência de Atenção Coletiva, Ambulatorial e da Família (VIPACAF); Brena Tostes, da Fundação Estatal de Saúde.

Na fala de abertura, a Professora, membro do colegiado do Pacto Niterói contra a Violência, ressaltou a importância de investir em prevenção, principalmente quando o tema é violência. “Apostando na prevenção, é que Niterói vem conseguindo que esse índice de violência venha sendo reduzido na cidade, em prol dessa cultura de paz. Aqui em Niterói comprovamos que com determinação, planejamento e trabalho, nós conseguimos sim.”

Após a abertura, foi iniciada a Mesa Interativa, que começou com apresentações do Pacto Niterói Contra Violência, sob fala da gerente de projetos Ana Carolina, e do Programa Escola da Família, apresentado pela sua gerente, Maria José. Em sua fala, a gerente do projeto reforçou como essa ação impacta a vida de todos, desde as gestantes, famílias, aos profissionais. "Esse projeto não é meu, é da rede de saúde, dos profissionais, do pacto contra a violência e da população. Então assumam para si esse projeto, porque isso renova o nosso fôlego e a vontade de continuar."

Em sequência, foi exibido o Painel da  Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), com exposição sobre Parentalidade e Prevenção à Violência, apresentado por Sandra Santos Cabral Baron, coordenadora da FINATEC. Após, a Coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Eppinghaus, que aproximou o diálogo e os termos de interesse entre a vigilância e a saúde, mostrando que a troca de informações e marcadores de risco auxiliam ambos nas estratégias de intervenção, como ocorrido no caso da Covid.

Ao final da Mesa Interativa, uma Roda de Conversa acerca das experiências de implementação do Programa Escola da Família, conduzida por quatro profissionais da rede de saúde municipal, a assistente social da Policlínica Dr. Guilherme Taylor March (Fonseca), Claudia Marcia; a profissional Andrea, da Unidade Básica de Saúde Santa Bárbara; a enfermeira líder do Módulo Médico de Família Morro do Céu; e a médica Cristina, do Módulo Médico de Família Jonathas Botelho.

Em suas falas, elas puderam expor aos outros profissionais os desafios encontrados, mas também os muitos retornos positivos e resultados gratificantes da implantação do projeto na unidade. A Andreia da UBS Santa Barbara, por exemplo, falou como o projeto e o curso da FINATEC trouxeram reflexões sobre os processos de trabalho, fazendo-os repensar e amadurecer suas tecnologias e abordagens, chegando até o tema da violência e as formas de acolhimento das mulheres e gestantes do projeto.

Quando o projeto chegou, estávamos saindo do período pandêmico, e logo abraçamos o projeto. E após o curso da FINATEC, e das reflexões propostas, começamos a pensar nos processos de trabalho e repensar em um novo, realizando um trabalho de amadurecimento das tecnologias de trabalho. “Para a gente o importante é que essa mulher seja acolhida, tenha informação, e tenha sua voz ouvida e respeitada. Falar para essa mulher que a ubs também é rede de apoio, que estamos ali por ela, e para ela. Pensar esse grupo como estratégia e não como fim”, afirmou.

Já Rafaela do PMF (Programa Médico de Família), mostrou que em seu módulo, ainda existem desafios, e o projeto está engatinhando, evoluindo de encontro a encontro, através de uma evolução conjunta, entre profissionais e participantes, que segunda ela própria, “são como multiplicadores, as temáticas e informações abordadas aqui, podem e devem ser compartilhadas com a rede de cada gestante”.

Enquanto Cristina, do outro Módulo do PMF, retratou a importância da rede de apoio e da bolsa auxílio, que não deve ser vista e tida como um incentivo à gestação. “Para a mãe de um lugar carente, que não tem vínculo empregatício, ela tem essa bolsa para garantir o sustento dela naquele período, e dos outros filhos, quando há. E a responsabilidade fica sob essa mãe, que já está sensibilizada. Então é uma preocupação a menos para essa mãe, que já possui tantas.” Ainda aproveitou para salientar a importância da manutenção e expansão do projeto pela rede mundial de saúde, através de uma fala de inspiração aos outros colegas de profissão, "Mesmo quando não temos o local ideal e as condições ideias, acolher e orientar já está valendo muito a pena", concluiu.

Por fim, foi realizada a Oficina de Implantação, com as equipes das Unidades da APS: Itinerário da Capacitação, Acolhimento, Documentos norteadores, Atividades Educativas e Incentivo, um momento que trouxe para a prática questões antes vistas na teoria e na fala, além de ser o momento mais oportuno para troca de informações, tirada de dúvidas e opiniões de melhorias. Contato esse, entre gestão e profissionais, responsável por enriquecer e aprimorar as práticas de trabalho e o projeto em si, e assim quem ganha ainda mais é a nossa população.