postheadericon Dezembro Vermelho e Dia de Luta contra Aids

fita aids


Na quinta, dia 1º de dezembro, comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data para conscientizar sobre a doença e que é estendida por todo o mês, o chamado Dezembro Vermelho. No dia 1º, em Niterói, a rede pública de saúde realizará ações educativas de prevenção e a testagem rápida na população em todas suas unidades de saúde e no veículo de testagem móvel no Campus do Gragoatá da UFF.

Com o diagnóstico dando positivo, o usuário será cadastrado em nossa rede para o tratamento com antirretrovirais para tornar a carga viral indetectável. As unidades que fornecem o tratamento são: Hospital Estadual Azevedo Lima, Hospital Municipal Carlos Tortelly, Policlínica Regional Largo da Batalha, Policlínica Regional Carlos Antonio da Silva, Policlínica Regional Sergio Arouca, Unidade Básica do Barreto, e a Policlínica de Especialidades da Saúde da Mulher Malu Sampaio para as gestantes HIV positivas.

Já no dia 14/12, será realizado o XIV SEMINÁRIO REDUSAIDS – “Combinando a Prevenção e o Cuidado em DST/Aids e Hepatites Virais: Novos Tempos e Outras Palavras”, no auditório da UNIVERSO, de 08:30h às 16:30h, com estudiosos e profissionais da área.


A doença


Por contágio sexual ou pelo sangue, o HIV é o vírus que invade as células do sistema imunológico, enquanto a Aids é o quadro de enfermidades ocasionadas pela perda das células de defesa em decorrência da infecção desse vírus. Em Niterói, com a ampliação da testagem rápida, mais pessoas têm sido notificadas com HIV do que com Aids. Em 2015, foram notificadas 84 pessoas com Aids e 123 com HIV, e em 2016, até o mês de novembro, foram notificadas 60 pessoas com Aids e 95 com HIV.

A ampliação do acesso ao diagnóstico, da testagem rápida e do tratamento é um dos desafios para o controle do vírus pelo Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais. Em reunião em junho de 2016, junto à Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), outro desafio assinalado foi a eliminação do vírus em crianças e adolescentes. Para isso, é importante que sejam realizadas todas as ações do protocolo para prevenção da transmissão do HIV da mãe para o bebê. Além disso, é necessário expandir as estratégias de educação e prevenção aos jovens - que se tenham espaços para diálogo, em que se fale com liberdade sobre a Aids em locais como as escolas.

Uma pesquisa do Ministério da Saúde constatou que quase metade dos(as) brasileiros(as) sexualmente ativos(as) não usam camisinha nas relações casuais, embora reconheçam que é a melhor forma de se evitarem as infecções sexualmente transmissíveis. Por tanto, é importante discutir os limites e possibilidades de prevenção de cada um, considerando novas tecnologias de prevenção, como a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV, sem desconsiderar as ações de informação, educação, comunicação e o uso da camisinha. Como foi dito pela ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids), é preciso “combater o estigma, o preconceito e a discriminação é o ponto central para pavimentar o caminho de volta à prevenção”.