Com referência à data de fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 20 de janeiro de 1916, este dia foi escolhido para celebrar o Dia Nacional do Farmacêutico, e homenagear o profissional de saúde que possui um papel fundamental dentro do Sistema Único de Saúde – SUS.

Um dos aspectos principais do destaque da importância desses profissionais está na sua presença em diversas etapas do processo de cuidado ao paciente, que vão desde a pesquisa, desenvolvimento de medicamentos, acompanhamento e verificação da qualidade e eficácia dos medicamentos, como ressalta a farmacêutica Grazielle Lima, que vivencia essa rotina na prática através da sua atuação na rede municipal de saúde de Niterói, na Policlínica Regional de Itaipu. “A atuação do farmacêutico está ligada à parte de assistência farmacêutica, principalmente na logística do medicamento, então, a gente faz toda a parte de controle de estoque e atendimento ao usuário, buscando garantir a qualidade da entrega, além de uma dispensação correta e segura dos medicamentos aos usuários. Além disso, a gente também se insere um pouco dentro dos programas de saúde, na rotina de cuidado do usuário, como no caso, programas como tuberculose, hipertensão e o programa de HIV”, relatou a farmacêutica.

O acesso à medicamentos pelos usuários do SUS está definido em três grupos, de acordo com os critérios de financiamento, aquisição e distribuição previstos na legislação, que são: Componente Básico, Especializado e Estratégico da Assistência Farmacêutica, compartilhados entre os três entes federados (Municipal, Estadual e Federal). Os medicamentos do SUS são atualizados e publicados periodicamente na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME); sendo classificados e distribuídos entre os três componentes da assistência farmacêutica, conforme definição a seguir:

1. Componente Básico da Assistência Farmacêutica: o financiamento é distribuído entre município, estado e Ministério da Saúde, sendo responsabilidade dos municípios a aquisição. Os medicamentos são definidos na Relação Municipal de Medicamentos (REMUME), tendo como referência a RENAME e o estudo de patologias existentes no município. Em Niterói, há revisão e atualização da REMUME periodicamente, as quais são publicadas no Diário Oficial do município.

    2. Componente Especializado da Assistência Farmacêutica: são medicamentos para situações clínicas com agravos crônicos, com custos de tratamento mais elevados ou de maior complexidade. São financiados e adquiridos pelo Ministério da Saúde e/ou estado, com polos de distribuição em alguns municípios previamente acordados entre os entes federados, havendo em Niterói um destes polos.

      3. Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica: o Ministério da Saúde adquire e distribui estes itens aos estados, que distribuem aos municípios para pacientes acometidos de tuberculose, hanseníase, malária, meningite, HIV/Aids, influenza etc.

      Na rede municipal de saúde de Niterói, a distribuição de medicamentos aos pacientes é feita através das farmácias presentes dentro de cada unidade de saúde, conforme referência ao endereço de cada cidadão. Nos casos em que o medicamento é fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde e/ou possuam alto custo, o paciente do município de Niterói deve retirar essa medicação no polo da farmácia do estado, localizado dentro da Policlínica Regional Dr. Carlos Antônio da Silva, na Av. Jansen de Melo, s/nº – São Lourenço, Niterói.

      Todos esses caminhos que resguardam e garantem o acesso da população de Niterói aos cuidados e a saúde, se reforçam através da atuação desses profissionais, conforme inteira Larissa Vaz Costa, Farmacêutica da Policlínica Regional do Largo da Batalha.

      “O farmacêutico na rede municipal de saúde tem um papel superimportante para garantir que as pessoas consigam acessar os medicamentos de forma segura e correta. Ele não faz só a entrega dos remédios, mas também acompanha o tratamento dos pacientes, orienta sobre o uso correto dos medicamentos, ajuda a evitar erros e até participa de campanhas educativas de saúde. Além disso, cuidamos da organização do estoque de remédios, garantindo que tudo esteja disponível quando necessário. O trabalho do farmacêutico vai além da farmácia, já que contribuímos com políticas públicas que melhoram a saúde da população como um todo. A presença desses profissionais fortalece o SUS e faz toda a diferença na qualidade de vida das pessoas”, concluiu.