
Nesta quarta-feira, 29 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, e o ambulatório de Atenção à Saúde da População Travesti e Transexual João W. Nery celebra 758 pessoas cadastradas, com uma média mensal de cerca de 40 atendimentos. A unidade, pioneira entre todos os municípios do Rio de Janeiro e que completou seis anos no último mês de dezembro, é uma iniciativa da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
O local possui uma equipe composta por médico endocrinologista, enfermeiros, profissionais da Saúde Mental e assistentes sociais, garantindo o respeito à identidade de gênero e assegurando o exercício pleno da cidadania de todos.
Thenessi Freitas Matta é atualmente coordenadora da Área Técnica de Saúde LGBTQIAPN+ e também enfermeira no ambulatório, ela explica que os atendimentos seguem o fluxo de atendimento multiprofissional, visando uma atenção mais integral à saúde. “Num primeiro momento nossos usuários passam pela enfermagem, serviço social, psicologia e nutrição. Posteriormente são atendidos pelos nossos médicos, temos endócrino e clínica geral. Podem ser atendidos novamente por qualquer especialidade, conforme necessário”, conta.
O coordenador do ambulatório, Paulo Rebelo, conta que através do acolhimento e do respeito os pacientes podem ter acesso a muito mais coisas. “Que eles e elas possam usufruir não só do processo de harmonização, mas também fazer uma ligação com toda a rede municipal de saúde para que possam ter seus direitos garantidos em todas as especificidades médicas. Além de compartilhar com outras secretarias e demais órgãos, diversas demandas que atendam e garantam a inclusão dessas pessoas dentro de nosso município”, afirma.
A unidade, ligada ao Departamento de Supervisão Técnica Metodológica (DESUM), funciona na Policlínica de Especialidades Dr. Sylvio Picanço (PESP), no Centro de Niterói, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, nº 169 – 4º andar. Os atendimentos podem ser marcados pelo telefone (21) 2612-8184.
Dia da Visibilidade Trans – A visibilidade trans surgiu há 21 anos, em 29 de janeiro de 2004, com um ato promovido no Congresso Nacional, em Brasília, pelo departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (atualmente denominadas como Infecções Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, com um grupo de mulheres e homens trans e travestis. A data se tornou um marco contra a transfobia no Brasil.
Para saber mais sobre o Ambulatório de Atenção à Saúde da População Travesti e Transexual – João W. Nery, em Niterói, clique aqui.